O banco britânico HSBC pagará ao governo dos Estados Unidos o
montante recorde de US$ 1,9 bilhão para encerrar uma investigação de
lavagem de dinheiro, confirmou nesta terça-feira (11) a entidade.
O HSBC estava sendo investigado há quase quatro anos por supostamente ter facilitado a transferência de bilhões de dólares em favor de países sujeitos a sanções internacionais, como é o caso do Irã, e dos cartéis mexicanos das drogas.
O HSBC estava sendo investigado há quase quatro anos por supostamente ter facilitado a transferência de bilhões de dólares em favor de países sujeitos a sanções internacionais, como é o caso do Irã, e dos cartéis mexicanos das drogas.
Outro caso: banco britânico Standard Chartered
A confirmação do HSBC se soma ao anúncio feito hoje de que outro banco
britânico, o Standard Chartered, pagará uma segunda multa de US$ 327
milhões por ter escondido das autoridades reguladoras americanas durante
anos milhares de transações com entidades iranianas submissas a sanções
econômicas nos EUA.
Em agosto, o Standard já concordara em pagar uma multa de US$ 340 milhões por ocultar mais de 60 mil transações com empresas iranianas avaliadas em pelo menos US$ 250 bilhões.
Em agosto, o Standard já concordara em pagar uma multa de US$ 340 milhões por ocultar mais de 60 mil transações com empresas iranianas avaliadas em pelo menos US$ 250 bilhões.
Acordo tem valor recorde
No caso do HSBC, o acordo alcançado entre o banco e as autoridades
federais da Justiça e do Tesouro, assim como com o escritório da
Promotoria de Manhattan (Nova York), representa um valor recorde neste
tipo de pacto.
"Aceitamos a responsabilidade por nossos erros passados. Dissemos que sentimos profundamente por eles e nos desculpamos de novo", afirmou hoje o executivo-chefe do grupo, Stuart Gulliver.
"Aceitamos a responsabilidade por nossos erros passados. Dissemos que sentimos profundamente por eles e nos desculpamos de novo", afirmou hoje o executivo-chefe do grupo, Stuart Gulliver.
Investigação no Senado
No início de 2012, o Senado dos EUA abriu uma investigação perante a
suspeita de que o banco estava permitindo que dinheiro fosse lavado por
meio de de suas contas com organizações e países sancionados
internacionalmente.
Em particular, o HSBC foi acusado de permitir que os cartéis mexicanos lavassem dinheiro mediante suas contas e de ignorar as sanções impostas a países como o Irã.
O HSBC reconheceu, então, que seus mecanismos para controlar essas operações eram insuficientes e dispôs de US$ 1,5 bilhão para cobrir todas as despesas, inclusive multas, por sua atuação.
Em particular, o HSBC foi acusado de permitir que os cartéis mexicanos lavassem dinheiro mediante suas contas e de ignorar as sanções impostas a países como o Irã.
O HSBC reconheceu, então, que seus mecanismos para controlar essas operações eram insuficientes e dispôs de US$ 1,5 bilhão para cobrir todas as despesas, inclusive multas, por sua atuação.
(Com informações da Efe)
COMENTÁRIOS
Que interessante seria se o nosso país adotasse mais esta técnica, não a de negociar princípios, mas de aplicar a teoria dissuasória da pena. Já que a condenação de alguns executivos a penas privativas de liberdade é muito improvável, que tal sancionar a instituição perante o cenário internacional, a pagar quase 2 bilhões de dólares?? Imaginem este dinheiro revertido em prol da justiça (presídios de alta segurança, viaturas novas, helicópteros, armamento pesado (H-Bar), coletes para todos os policiais, criação de uma força tarefa para combater os crimes). Lembro-me de algo parecido envolvendo o traficante Juan Carlos Abadia, mas o acordo foi recusado pela justiça brasileira, em todo caso, é de pensar mais na real aplicabilidade da teoria dissuasória da pena em nosso país, e não venham com estória de que isso só funcionaria nos EUA ou na Europa, pois basta investigar com afinco e escolher os peixes grandes para tanto.
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